Kelwin Barros

on segunda-feira, 15 de julho de 2013

Guilherme Boury: 'Já trabalhei com adultos que davam mais trabalho que crianças'

Aos 29 anos, Guilherme Boury deixou o figurino de garotão de lado e aparecerá de terno e gravata na nova versão de Chiquititas, que estreia nesta segunda-feira (15), no SBT. O ator interpreta o mocinho Junior, um dos personagens centrais da história.
Para atuar na trama, que é dirigida por Reynaldo Boury, seu avô materno, ele contou com um incentivo de peso: o da autora Íris Abravanel. “Ela foi quem bancou a ideia, achou que seria uma boa que eu fizesse o personagem. Meu avô achava que eu aparentava ser mais jovem que o Junior. Tenho 29, faço 30 em outubro, mas dizem que eu imprimo menos idade no vídeo.”

Embora seja paulista, Guilherme vive no Rio de Janeiro desde que era bebê e precisou tirar o sotaque para atuar na novela, que é gravada e ambientada em São Paulo. “Tive que ir em uma fono para poder tirar o sotaque carioca”, diz ele que está driblando a saudade de parte da família que mora no Rio, dos amigos e da praia.
Leia abaixo o bate-papo para a Revista Quem:
QUEM: Como surgiu a chance de fazer Chiquititas?
GUILHERME BOURY:
 A produtora de elenco da novela perguntou se eu estava com contrato e eu disse que não. Meu vínculo com a Globo, em que fiz a novela Fina Estampa e o seriado Divã, tinha acabado. Ela me chamou para o papel do Junior. Meu avó não queria e a Íris [Abravanel, autora] foi quem bancou a ideia, achou que seria uma boa que eu fizesse o personagem.
QUEM: Tinha algum motivo para o seu avô não te querer no papel de Junior?
G.B.:
 Ele achava que eu aparentava ser mais jovem que o Junior. Tenho 29, faço 30 em outubro, mas dizem que eu imprimo menos idade no vídeo. Televisão tem disso, né? O que você aparenta também conta. Na história, o Junior volta de uma temporada em Londres e se torna um executivo no Brasil. Não podia ter um visual de garotão.
QUEM: Reynaldo Boury, seu avô, além de experiente, é considerado exigente. Como é trabalhar com ele?
G.B.:
 O tratamento que ele me dá é o mesmo que dá para os outros. Sem privilégios. E não é porque sou neto que vou abusar. Pelo contrário. Chego com o texto decoradinho. Não dou trabalho (risos). Tem momentos em que deixo escapar um “vô” (risos), mas não tenho problemas ou privilégios neste trabalho. A intimidade quebra qualquer autoridade.
QUEM: Como assim?
G.B.:
 Quando ele dá esporro em mim, eu rio e ele ri também. É engraçado. Mas eu não dou chance pra ele puxar minha orelha. Meu avô é da velha guarda. Ele quer que o ator chegue sabendo o texto. Já venho com ele estudado, decorado. Lógico que considero um privilégio trabalhar com ele. Nunca imaginei trabalhar com ele. Pensa só: são quase 54 anos de televisão. E, ele é um monstro na área, eu tenho muito o que aprender com ele.
QUEM: E como é trabalhar com a criançada?
G.B.: 
Avalio tudo como aprendizagem. As crianças são espontâneas, mas, ao mesmo tempo, já tem profissionalismo. Já trabalhei com adultos que davam mais trabalho que as crianças, que as chiquititas (risos).
QUEM: Você completará 30 anos em outubro. Trabalhar com crianças te deixou com vontade de ser pai?
G.B.:
 Não. Pelo contrário, não. Não mesmo. Ainda não.
QUEM: Você foi enfático. Elas te assustam?
G.B.:
 Não, não é isso (risos). É que não estou pensando nisso, não.
QUEM: Como foi sua preparação para o personagem?
G.B.:
 Estou assistindo bastante coisa jovem, como Glee, High School Musical, assisti Rebelde, que minha mãe [a autora Margareth Boury] escreveu. Estou vendo bastante coisa teen para poder me embasar e fazer o Junior. Também comecei aulas de canto porque o Junior canta e eu não cantava nada. No máximo, arriscava um violãozinho entre amigos.
QUEM: Em outra ocasião que conversamos, você comentou que já era crescido e não viu a primeira versão deChiquititas. Chegou a ver pelo Youtube?
G.B.:
 Na verdade, eu não vi a primeira versão na TV, mas tive curiosidade em ver pelo Youtube, sim. Não estou levando nada do outro personagem [vivido pelo ator argentino Alex Benn] para esse. Estou fazendo diferente, do meu jeito.
QUEM: Na novela, você forma par romântico com a Manuela do Monte. E na vida real, você está namorando alguém?
G.B.:
 Essa pergutinha não falta, hein?! Estou solteiro. Estou bem. Na novela, o Junior gosta da Carolina, mas não vai ser facinho para os dois ficarem juntos. Trabalhar com a Manu está sendo ótimo. Ela é parceirona.
QUEM: Você precisou se mudar para São Paulo para a novela. Está gostando?
G.B.:
 Eu moro no Rio há 29 anos, praticamente desde que nasci (risos). Estou aqui em São Paulo há três meses. Tive que ir em uma fono para poder tirar o sotaque carioca. É um trabalho bem intenso. Meu pai mora aqui, meu tio, meu avô, é uma novidade morar aqui. Meus amigos estão no Rio, minha mãe está no Rio. Na verdade, eu nasci aqui e fui morar lá com uns três meses de idade. Sinto falta das praias do Rio.

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