Enquanto as demais emissoras tentam se reinventar, pensar no futuro e fazer diferente, o SBT rema contra a maré e insiste em reprisar novelas antigas na sua grade vespertina e, agora, noturna, em pleno horário nobre.
A situação seria engraçada, se não fosse trágica e, no mínimo, vergonhosa. Com a estreia de "O Privilégio de Amar", o SBT possui agora uma sequência de quatro novelas mexicanas seguidas na grade – "Marimar" (14h30), "Cuidado com o Anjo" (15h30), "Rubi" (16h30) e "O Privilégio de Amar" (17h30). Isso sem contar “Rebelde”, que voltará ao ar às 21h15.
A situação é tão caótica que não ficaríamos surpresos se depois de “Marimar” for anunciado “Maria do Bairro” e “Maria Mercedes”. E se, no horário das 17h, a substituta de “O Privilegio de Amar” for “A Usurpadora”.
Todo esse absurdo seria ainda maior se a reprise de “Carrossel” se confirmasse uma semana após ter terminado – mas a emissora voltou atrás, numa atitude que pareceu (e tão somente pareceu) ser a ficha caindo e revelando que não cabem brincadeiras e amadorismo na hora de se fazer televisão.
E para quem acha que os números de audiência independem do “bom senso” de quem comanda uma emissora, caiu como uma luva a notícia de que a Record começa a se afastar novamente do SBT no posto de vice-líder da TV aberta no Brasil.
Outro detalhe: apesar de trazer números satisfatórios e muitas vezes deixar a emissora na vice-liderança, essas reprises, apesar de não exigirem custos do canal, não necessariamente significam alto retorno financeiro.
A prova do que já disse algumas vezes nesse espaço: o SBT só será realmente respeitado quando se propor a se dar o respeito. Ou, pelo menos, respeitar o telespectador, que merece mais do que reprises de novelas mexicanas em pleno horário nobre.
O selo “original” na chamada de “Rebelde” não é uma indireta para a Record, é para o próprio SBT.
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